Paciente:
Idade: 7 meses
Gênero: Masculino
Diagnóstico: Esotropia congênita
Descrição do caso clínico:
Lactente do sexo masculino, com desvio convergente constante desde os 2 meses de idade. Foi encaminhado para avaliação oftalmológica por apresentar alinhamento ocular alterado percebido pelos pais nas primeiras fotos com flash. Ao exame, observava-se esotropia constante de grande ângulo em posição primária, com motilidade ocular preservada e sem sinais de paralisia.
A refração sob cicloplegia não evidenciou hipermetropia significativa. Não havia nistagmo nem comprometimento sensorial. Considerando a presença de desvio estável, ausência de acomodação como causa, e boa motilidade, foi confirmado o diagnóstico de esotropia congênita.
Indicada correção cirúrgica precoce com o objetivo de favorecer o desenvolvimento da binocularidade. O procedimento foi realizado aos 7 meses de idade, com exame sob anestesia confirmando simetria do desvio e ausência de restrições musculares.
Técnica utilizada:
Recessão de 6 mm dos músculos retos mediais bilateral, via abordagem conjuntival limbar, sob anestesia geral.
Evolução pós-operatória:
No primeiro mês após a cirurgia, o alinhamento ocular encontrava-se centralizado em posição primária, com boa simetria e sem complicações associadas. O seguimento ambulatorial demonstrou estabilidade do resultado aos 3 e 6 meses, sem necessidade de reintervenção. A criança mantém estímulo visual adequado e desenvolvimento motor compatível com a idade.
Material complementar sugerido:
Autora:
Dra. Luisa Hopker
Especialista em Estrabismo e Oftalmopediatria
CRM PR 31247 – Fundadora do projeto Strabpedia
